O Anjo do amor
terça-feira, maio 31, 2016Arabela sentiu o vento forte bater sobre seu cabelo e suas asas se moveram junto com a brisa. Ela sentiu frio, e encarou o chão há alguns metros de seu corpo.
Estava longe, distante. O prédio era alto e ela hesitava. Queria pular, mas nem coragem para aquilo tinha. Havia se cansado da sua vida. Havia se cansado de ter que cuidar da vida de todos os outros e não ter tempo para cuidar da sua. Ela arrumava o relacionamento dos outros com apenas um arco e uma flecha, mas nem com a arma mais forte do mundo ela conseguiria arrumar o seu.
Era um cupido.
E cupidos não podiam sentir o amor, apenas observa-lo de longe.
E o mundo que ela vivia, era o mundo onde tudo era sobre o amor. Tudo é sobre o amor. Ela também desejava senti-lo, o coração acelerando, o frio na barriga, as pernas bambas e o sorriso no rosto que parecia nunca morrer.
Em cima do prédio, parecia que o mundo voava ao seu redor. As luzes abaixo de seus olhos e as pessoas passando nas ruas, até mesmo casais, andando de mãos dadas pelas calçadas. Aquilo a fez perceber que todos tinham a chance de viver o verdadeiro amor, menos ela. Suas asas também a atrapalhavam, e estava cansada de voar pelas ruas acertando flechas em corações bobinhos.
Cansou-se de tudo.
Inclusive de si mesma.
Fechou os olhos e sentiu a brisa do vento acariciar seu rosto. Aquela seria sua última vez que sentiria o vento, o frio, e olharia para as estrelas no céu acima, tão brilhantes e belíssimas. Sussurrou para si mesma que um dia voltaria para esse mundo para viver seu verdadeiro amor, talvez em outra vida.
E apressou-se para pular.
— Espere!
Gritou alguém atrás de Arabela.
Ela virou-se para olhar e encontrou os olhos de um garoto loiro, alto, belo. Olhos azuis como o céu escuro e corpo definido. Mas assim como ela, carregava a expressão cansativa no rosto.
— O que está fazendo? — perguntou o garoto.
— Nada.
— Vai pular?
— Não — respondeu Arabela.
— Leve-me junto com você.
A garota franziu o cenho.
— Para onde?
O garoto belo e loiro se aproximou do anjo do amor com passos pequenos e parou logo à sua frente. Eles se encararam e a respiração de ambos estava ofegante. O menino então levantou seu braço e com um movimento delicado de suas mãos tocou os asas de Arabela suavemente, sorrindo, maravilhado.
O coração de Arabela estava acelerado e ela sentiu um frio na barriga a invadir. O que sempre quis sentir estava começando. Ela pensou que se morresse naquele momento, partiria satisfeita, pois tinha experimentado a melhor sensação de todas.
— Me leve para o paraíso — pediu o garoto ainda tocando as asas dela.
Arabela sorriu.
— Não existe o paraíso — e respondeu.
— Existe sim. Eu quero ir com você.
O menino apontou para o chão abaixo deles dois, e Arabela sentiu que ele também queria partir dessa vida. Estava sofrendo demais, provavelmente, e os dois tinham algo em comum. Ela então pensou; se ambos irão partir juntos, deveriam pelo menos aproveitar o céu cheio de estrelas pela última vez.
— Eu o levarei ao paraíso comigo — falou o anjo do amor — Mas antes, te levarei para conhecer o mundo com minhas asas.
E então pegou a mão do garoto, o puxando para mais perto de si. Abraçou-o, e aquele gesto fez seu coração disparar mais ainda. Ele estava tão rápido que ela podia senti-lo batendo forte em seu peito. O menino a abraçou de volta, e os dois se olharam.
Então com um movimento muito lento eles inclinaram suas cabeças e tocaram seus lábios um no outro, no mesmo momento em que asas de Arabela batiam e seus pés saiam do chão. Estavam indo em direção ao céu.
Estava longe, distante. O prédio era alto e ela hesitava. Queria pular, mas nem coragem para aquilo tinha. Havia se cansado da sua vida. Havia se cansado de ter que cuidar da vida de todos os outros e não ter tempo para cuidar da sua. Ela arrumava o relacionamento dos outros com apenas um arco e uma flecha, mas nem com a arma mais forte do mundo ela conseguiria arrumar o seu.
Era um cupido.
E cupidos não podiam sentir o amor, apenas observa-lo de longe.
E o mundo que ela vivia, era o mundo onde tudo era sobre o amor. Tudo é sobre o amor. Ela também desejava senti-lo, o coração acelerando, o frio na barriga, as pernas bambas e o sorriso no rosto que parecia nunca morrer.
Em cima do prédio, parecia que o mundo voava ao seu redor. As luzes abaixo de seus olhos e as pessoas passando nas ruas, até mesmo casais, andando de mãos dadas pelas calçadas. Aquilo a fez perceber que todos tinham a chance de viver o verdadeiro amor, menos ela. Suas asas também a atrapalhavam, e estava cansada de voar pelas ruas acertando flechas em corações bobinhos.
Cansou-se de tudo.
Inclusive de si mesma.
Fechou os olhos e sentiu a brisa do vento acariciar seu rosto. Aquela seria sua última vez que sentiria o vento, o frio, e olharia para as estrelas no céu acima, tão brilhantes e belíssimas. Sussurrou para si mesma que um dia voltaria para esse mundo para viver seu verdadeiro amor, talvez em outra vida.
E apressou-se para pular.
— Espere!
Gritou alguém atrás de Arabela.
Ela virou-se para olhar e encontrou os olhos de um garoto loiro, alto, belo. Olhos azuis como o céu escuro e corpo definido. Mas assim como ela, carregava a expressão cansativa no rosto.
— O que está fazendo? — perguntou o garoto.
— Nada.
— Vai pular?
— Não — respondeu Arabela.
— Leve-me junto com você.
A garota franziu o cenho.
— Para onde?
O garoto belo e loiro se aproximou do anjo do amor com passos pequenos e parou logo à sua frente. Eles se encararam e a respiração de ambos estava ofegante. O menino então levantou seu braço e com um movimento delicado de suas mãos tocou os asas de Arabela suavemente, sorrindo, maravilhado.
O coração de Arabela estava acelerado e ela sentiu um frio na barriga a invadir. O que sempre quis sentir estava começando. Ela pensou que se morresse naquele momento, partiria satisfeita, pois tinha experimentado a melhor sensação de todas.
— Me leve para o paraíso — pediu o garoto ainda tocando as asas dela.
Arabela sorriu.
— Não existe o paraíso — e respondeu.
— Existe sim. Eu quero ir com você.
O menino apontou para o chão abaixo deles dois, e Arabela sentiu que ele também queria partir dessa vida. Estava sofrendo demais, provavelmente, e os dois tinham algo em comum. Ela então pensou; se ambos irão partir juntos, deveriam pelo menos aproveitar o céu cheio de estrelas pela última vez.
— Eu o levarei ao paraíso comigo — falou o anjo do amor — Mas antes, te levarei para conhecer o mundo com minhas asas.
E então pegou a mão do garoto, o puxando para mais perto de si. Abraçou-o, e aquele gesto fez seu coração disparar mais ainda. Ele estava tão rápido que ela podia senti-lo batendo forte em seu peito. O menino a abraçou de volta, e os dois se olharam.
Então com um movimento muito lento eles inclinaram suas cabeças e tocaram seus lábios um no outro, no mesmo momento em que asas de Arabela batiam e seus pés saiam do chão. Estavam indo em direção ao céu.
6 comentários
Nossa que texto lindo!! é tu que escreve eles?? Parabéns muito bom!!
ResponderExcluirVem conhecer meu blog, espero que goste o quanto eu gostei do seu, e se gostar não esquece de seguir :
Versos em Batom
Ahh, e já seguindo!!
Beijos :*
Olá, moça! Sim, sou eu que o escrevo.
ExcluirFico muito feliz que tenha gostado <3 Com certeza irei visitar o seu.
Beijos!
Oi linda! Não consegui te achar pelo facebook, mas a tag literária já esta no ar! Espero que goste! http://www.tastyle.com.br/2016/05/tag-literaria.html
ResponderExcluirObrigada por me avisar, moça. Já estou indo dar uma olhada! <3
ExcluirTexto lindo demais! To apaixonada, menina!
ResponderExcluirBeijos,
http://batomdopoder.com.br/?p=81
Obrigada, moça. Fico muito feliz que tenha gostado.
ExcluirBeijos! <3