Conexões

sexta-feira, abril 01, 2022


Conexão.

É a minha palavra favorita do nosso vasto vocabulário – e olha que a língua portuguesa tem mais de 400 mil palavras. Conexão é ligação, união.

Durante nossa vida, nos conectamos com diversas pessoas – e coisas. Já tive conexões tão rápidas quanto a velocidade da luz, mas tão intensas que seu grau de permanência não define a importância que tiveram em minha vida. Também já tive conexões tão duradouras que duram desde a infância até hoje. Já tive conexões que se perderam, também já tive aquelas que se fortificaram.

No entanto, eu nunca tinha me conectado tão fortemente com o mar – com a natureza. Aliás, eu posso dizer que até um tempo atrás, sentia um certo medo dessa imensidão de água. Só de olhar para ela, eu me arrepiava, imaginando quantos segredos guardava, o que havia por debaixo dessa profundidade que nem mesmo os maiores mergulhadores poderiam decifrar. O ser humano tem uma tendência a ter medo do desconhecido – é por isso que queremos tanto ter o controle de tudo.

Mas, de uns tempos pra cá, a minha conexão com o infinito vem crescido tanto que acredito que seja uma transformação. Transformação interior. O mar pra mim simboliza isso: infinito e imensidão. Com a chegada desses 23 anos, quero me conectar ainda mais com o infinito, mergulhar fundo nele e em mim mesma. Já diria Clarice Lispector que “perder-se também é caminho”. Às vezes, nos perdemos. Outras vezes, nos reencontramos. Ou, no meu caso, nos redescobrimos. Redescobrimos nossos gostos, nossas conexões.

Por fim, desejo que as nossas conexões nunca acabem, que a desordem da vida nunca nos tire a capacidade de sentir e se conectar com o outro. Que a gente sempre tenha coragem para mergulhar no desconhecido, no infinito, mesmo que às vezes pareça que estamos afundando – na verdade, tudo que precisamos fazer é soltar o controle e se deixar boiar.

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