Eu nunca entendi o verbo “to be”. Por que os americanos usam a mesma palavra para determinar duas coisas tão diferentes: o ser e o estar? Afinal, ser e estar para eles são a mesma coisa?

Ser feliz é o mesmo que estar feliz? Ser triste é o mesmo que estar triste? Ser consciente é o mesmo que estar consciente? Definitivamente não. Ser é um estado permanente, enquanto estar é um estado passageiro; portanto, se eu estou feliz, não significa que sempre estarei feliz. O estar não dura para sempre. O estar logo se vai, logo passa. E o ser fica.

Se eu sou feliz hoje, sou feliz amanhã, sou feliz sempre.

Ou não. Até porque sabemos que o sempre não existe.

Mas o ser então tem data de validade? Quanto tempo dura “ser feliz”? Quanto tempo dura “ser triste”? Alguns dizem que o ser não se altera, mas na teoria tudo é fácil. Somente alguém que foi feliz para sempre para nos dizer se o seu verbo “ser” se alterou alguma vez.

No mundo que vivemos, sempre estamos. Nunca somos. Nossas emoções sempre estão; nossos acontecimentos também. Nós estamos. Eu não sou. Eu estou.

É tudo muito confuso. Eu estou feliz, mas amanhã posso estar triste; porém, o mais importante hoje, é buscarmos sermos sempre verdadeiros. Verdadeiros com nós mesmos, verdadeiros com o universo. Sendo verdadeiros, estaremos encontrando a felicidade. A felicidade que podemos ter, sendo e estando ao mesmo tempo. Eu posso sim ser feliz, estando feliz, e me permitindo às vezes estar triste.

Então, ser e estar, definitivamente, não são a mesma coisa.